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Animais ameaçados: Abelhas




Antes de explicar o porquê disso, preciso ressaltar a importância desses insetos para a existência de 75% das espécies de angiospermas (árvores com flor e fruto) do mundo. A cada visita nas flores para se alimentar de seu néctar, o pólen (que contém os gametas masculinos da flor) "gruda" nas pernas da abelha, de forma que ao pousar na próxima flor, a abelha deixa esse pólen nela, e ao entrar em contato com o órgão feminino desta nova flor, gerará uma semente, um fruto e futuramente uma nova árvore.


Esta relação entre abelha e planta é tão importante que existem milhares de trabalhos científicos que comprovam a co-evolução (evolução conjunta) de muitas angiospermas e insetos. Um dependendo do outro.


Recentemente, no Brasil, foram liberados o uso de muitos agrotóxicos proibidos em vários países, inclusive na União Europeia. Alguns trabalhos apontam que esta liberação já causou a morte de (até junho de 2019) meio bilhão de abelhas. É o que aponta o levantamento da Agência Pública e Repórter Brasil.


O professor Tiago Maurício Francoy da USP e especialista em abelhas, explica por que isso está acontecendo e qual alerta temos que ter diante da estatística: “O que acontece é que as abelhas precisam buscar néctar e pólen das flores e elas acabam visitando as plantações, e esse uso de agrotóxicos, que aqui no Brasil está se tornando cada vez mais intenso e prejudicial, acaba por levar à morte essas abelhas”, afirma Francoy.


Grupos de pesquisa de todo o país já estão envolvidos em trabalhos para confirmar estes levantamentos iniciais e levantar dados das consequências do uso destes agrotóxicos para as abelhas e para os seres humanos.


Texto adaptado de: https://jornal.usp.br/atualidades/morte-de-meio-bilhao-de-abelhas-e-consequencia-de-agrotoxicos/

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